Resenha: Terras Metálicas

Olá pessoal!

Hoje será a nossa primeira resenha de livro de 2013 e trago para vocês um título nacional: Terras Metálicas. Eu ganhei esse livro no sorteio que a editora Novo Século fez no twitter e tão logo pude comecei a lê-lo. Demorei a terminar por dois motivos: a quantidade de páginas (616 para mim é muito!) e alguns afazeres extras da minha vida. Enfim, terminei e está aqui a resenha. Espero que curtam.

SINOPSE

A Última Guerra lavou a atmosfera com uma massa nuclear, tornando-a incapaz de sustentar a vida. Para continuar sobrevivendo, a humanidade precisou se adaptar. isolando-se numa atmosfera artificial: a Esfera, local onde tem se mantido com o passar das gerações. A utopia da sociedade reinou desde então, com a paz sendo mantida com mão de ferro pela Elite. Mas essa paz pode acabar...

Raquel é uma recém-formada em primeiro nível na Academia, que passa seu tempo livre entre Saturno - o parque temático da Esfera - e divagações sobre seu sonho de voar. Ao iniciar uma nova etapa de vida, ela vai encarar a cerimônia de implante que pode tornar esse sonho realidade, se a habilidade dos Túneis lhe for conferida.

Mas essa nova etapa também vai levá-la por caminhos perigosos... Raquel descobrirá que o IA, responsável por todos os sistemas de sobrevivência da Esfera, está com os dias contados. Como manter a sanidade sabendo que a vida tal qual você conhece está para acabar? Raquel ainda não tem essa resposta, mas vai precisar encontrá-la. E para isso ela precisará, mais do que nunca, da ajuda de seus amigos, Tashi, Tales, ângelo, Camila, Liceu, Isabela e nirvana lhe darão sustentação quando tudo o mais na utópica Esfera estiver ruindo.

Autor: Renato C. Nonato

Editora: Novo Século (sob o selo Novos Talentos da Literatura Brasileira)

Páginas: 616

Capítulos: 43

Série: Sim

Temas: Futurista, tecnologia, habilidades especiais, inteligência artificial

Quando Terras Metálicas chegou em minhas mãos, a minha primeira expressão foi: é grande! (referindo-me ao fato de ter muitas páginas). Na época eu estava lendo outro livro e deixei ele na lista de espera para que tão logo terminasse o que estava lendo já emendasse nele.

Fiquei intrigada pela sinopse e comecei a lê-lo. A trama se passa em uma "Terra dentro da Terra": a Esfera. A Esfera é o nosso mundo só que no subterrâneo terrestre, já que a superfície está devastada devido a uma guerra nuclear ocorrida há gerações passadas, conhecida como a Grande Crise. A vida local se mantém devido ao IA que rege todos os sistemas tecnológicos. O problema é que por algum motivo ele está com os dias contados e o futuro da população está nas mãos de cinco jovens e suas habilidades especiais.

Confesso que no começo do livro eu quis desistir. Os primeiros capítulos são bastante enjoativos e se resumem a descrever o dia a dia na Academia (local onde as crianças e jovens estudam e aprimoram suas habilidades adquiridas após a cerimônia do implante), a cerimônia do implante (onde os jovens formados do primeiro nível recebem um chip com suas habilidades especiais), entre outras coisas que servem para descrever o cenário. A coisa melhora, e muito, depois da cerimônia de implante, quando realmente a ação se faz presente.

Os personagens principais são cativantes e com aquele ar juvenil de todo adolescente. As disputas ácidas entre Raquel e Luana, a amizade inabalável de Camila, Tales, Ângelo e Raquel, o ar superior e o nariz em pé de Isabela marcam o enredo. Atitudes comuns e condizentes com as idades deles que variam entre 12 e 16 anos.

Outro ponto legal do livro são as habilidades que cada um da população pode ter. Essas habilidades são definidas no dia da cerimônia de implante, na qual o jovem recebe um chip que dirá se ele é um Túnel (habilidade de telecinesia), Bio (habilidade de uso do próprio corpo), Antena (habilidade do uso da mente), Sibério (habilidade de controle de temperatura) e Exilado (não possui habilidade específica). O uso dessas habilidades da um quê de super-herói a eles. Bem legal. Quem não gostaria de poder "refrescar" o ambiente em dias quentes como o nosso com a habilidade de um Sibério?

Não sei bem onde o autor mora, ou se já conheceu o Rio de Janeiro alguma vez, mas não pude deixar de comparar o Rejunte a Rua Uruguaiana, principal centro de comércio popular da capital carioca. É muito semelhante.

O livro também traz algumas referências nossas para o mundo da Esfera como por exemplo o controle da natalidade muito parecido com o que tem na China; a comemoração do Natal, lá conhecido como Newtal, entre outras.

Enfim, novamente achei alguns errinhos bobos de português, mas dessa vez devo dizer que foram poucos comparados a outras publicações da Novo Século que li. Sinal que estão melhorando nas revisões.

Terras Metálicas é um livro de leitura fácil apesar da quantidade de páginas. Recomendo a leitura pois também prestigia um autor nacional.

Parabéns Renato e torço para que a continuação saia logo.

NOTA FINAL:

Muito Bom!