Google+

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Textos soltos II

- Mas você não vê o que estamos fazendo é errado? - ela caminhou apressadamente fazendo o cordão em seu pescoço balançar de um lado para o outro, exibindo o pingente em forma de chave.

- Até quando vamos ter que esconder? - ele a questionou.

Ela parou e olhou nos olhos dele. Suspirou. Ele parecia querer saber a resposta. Mas ela não sabia o que responder. "E quem disse que eu aguento esconder?", ela pensou.

Caminhou em direção ao jovem. Ele continuava olhando para ela. O caminhar dela o inebriava, principalmente quando ela vestia algo mais feminino como vestido ao invés daquela armadura pesada. Ela estava vestindo um que deixava os ombros nus. Definitivamente ele não conseguia vê-la como irmã. Nunca a viu dessa maneira.

Ela parou em frente a ele. Ele a olhou nos olhos e recebeu um sorriso maroto da jovem. Aproximou seu rosto ao dele, colando os lábios em sua orelha direita. Com a língua, ela brincava com o lóbulo do outro. As mãos do jovem desciam pela cintura marcada pelo vestido acinturado. Encontrou as fitas que o amarravam na parte de trás e lentamente puxava para desatar o laço e afrouxar-lhe a roupa.

Mais afastado um outro jovem observava o que estava acontecendo. Ele olhava estarrecido e continha-se para não intervir na cena.

- Mas eles são loucos! - falou o jovem que estava escondido antes de deixar o local. Sua voz não fora percebida pelo casal de amantes devido a distância em que estava.

Textos soltos I

- E irmãos podem se amar? - ela o questionava.

Ele há poucos minutos havia se declarado para ela, mas ela não queria acreditar. Eram irmãos, melhor dizendo meio irmãos, e isso a deixava em pânico com o que acabara de ouvir.

- Sim, eu te amo. Desde o momento que a vi. - ele repetiu.

Ela ficou parada, estática, a sua frente. Apenas respirava, mesmo que por dentro ela implorasse para o corpo agir. Ele se aproximou, ficando apenas alguns centímetros dela. Seus lábios tremiam ao sentir o hálito quente dele. Queria sim beijá-lo, mas sua mente confusa dizia que era proibido.

Mas ele estava decidido, sabia muito bem o que iria fazer. Enlaçou os braços em sua cintura e a puxou para perto de si. Ela arregalou os olhos quando os seus lábios foram tomados pelos dele num beijo quente. Ela o empurrou, fazendo-o largar sua cintura e correu. Com lágrimas nos olhos.